Aproximei-me do
Espiritismo após
conhecer a
Carla, depois de
uma separação.
Encantei-me com
a possibilidade
de entender a
religião, a
filosofia e o
comportamento
humano, através
da ciência.
Achei fantástico
descobrir que a
fé, além de
raciocinada, é
lógica pura e
explicada pela
física quântica.
Encantei-me com
o cientista
Jesus, com sua
conduta moral e
seus
ensinamentos, e
como tudo isso
pode e deve
contribuir para
a evolução
planetária e de
seus
habitantes.
Como e quando
surgiu a OAM?
Comecei a
trabalhar com
Dr. Chan,
Espírito, desde
o primeiro dia
que adentrei um
Centro e, para
minha surpresa,
foi simplesmente
fantástico. Já
se passaram 10
anos e ainda me
emociono. Fui
levar a Carla
para um
atendimento e lá
veio esse
chinesinho
encantador, do
nada, ou melhor,
do tudo!
Trabalhei em
três casas
espíritas até
que Dr. Chan
pediu que
montássemos uma
casa de cura (do
corpo, da alma e
da mente) em
Embu das Artes,
na grande São
Paulo. E, como
sempre,
obedecemos! Há
quatro anos
montamos a
Obreiros em Embu
das Artes. Hoje
temos quase
100.000
atendimentos,
15.000 pacientes
cadastrados.
De sua
experiência no
trato com as
carências
humanas, o que
mais lhe
ressalta aos
olhos?
Com relação às
carências
humanas, o que
mais nos chama
atenção é o
número de
depressivos,
ansiosos,
melancólicos e
solitários que
nos procuram.
Aproximadamente
30% dos
atendimentos de
nossa casa estão
de alguma forma
relacionados a
transtornos
mentais e
comportamentais.
Em sua visão,
como o
Espiritismo tem
influenciado as
áreas de saúde
no atendimento
às enfermidades
e também nos
imensos
distúrbios
emocionais do
ser humano?
Com relação ao
tema
espiritualidade/religiosidade
e transtornos
mentais, acho
que já demos um
grande passo,
mas penso que
podemos e
devemos fazer
muito mais. Não
acho que temos o
direito de
considerar a
doutrina que
abraçamos como
panaceia para
todos os males e
sequer mais uma
Grande
Revelação, mas,
humildemente,
nos colocarmos
junto com outros
irmãos
religiosos,
cristãos e não
cristãos,
trabalhando a
paz individual e
a paz entre
irmãos, como o
único caminho
existente para a
felicidade de
todos. Mais uma
vez, Jesus foi
magistral,
Mestre de todos
os mestres e
todos os
profetas que por
aqui passaram:
Amar a si e ao
Próximo, esta é
a receita
mágica. Fazer ao
outro o que
gostaria para
si. Fantástico e
proativo.
Qual a maior
angústia ou
aflição humana
que se destaca
nos atendimentos
da entidade?
O ser humano
quer colo. O ser
humano quer ser
ouvido. Mas, num
mundo
tecnológico, ou
melhor,
tecno-ilógico,
isto não ocorre.
Irmãos na mesma
casa conversando
por torpedo, no
celular, cada um
com uma TV, um
micro e, o que é
pior, uma vida
própria dentro
de seu próprio
quarto;
solitários em
família,
sozinhos com
"companhia",
solitários ao
invés de
solidários,
isolados em seu
"mundinho". Na
Obreiros chegam
aos milhares,
colecionando
mágoas,
desilusões,
decepções e, o
que é pior que
tudo, "desamor
próprio". Jogam
a nós a
responsabilidade
da resolução de
seus problemas e
suas doenças,
como se fôssemos
nós os
responsáveis
pela causa e
efeito das
mesmas, e aí,
quando colocamos
que não somos um
estelionato
religioso, que a
transformação
moral e ética é
imperativa, que
a reforma íntima
é necessária e
que nós somos
nossos maiores
algozes e somos
também
cocriadores, aí
a coisa pega. Aí
tudo muda.
Em sua visão de
médico e
espírita, por
que essa questão
se destaca
tanto?
Aí entendemos
por que não
adianta receitar
um
antidepressivo
tarja-preta; aí
fica muito claro
que tudo depende
de cada um. Mas
nós médicos
também somos, de
certa forma,
culpados, pois
aprendemos que
doenças da mente
tratam-se com
remédios e nunca
nos disseram que
existe um
Espírito, um
Perispírito, que
o SNC é apenas
um retransmissor
e não um órgão
pleno e poderoso
em suas funções.
Nunca nos
ensinaram que as
doenças vêm de
dentro para
fora, que a
epigenética/embriogênese
obedece a uma
regra divina e
que fazemos
parte de nossas
escolhas na Vida
Espiritual e
aqui. Temos que
quebrar
paradigmas que
engessaram a
medicina
hipocrática, a
medicina de
grupos
financeiros, de
instituições que
lucram com esse
exercício
descabido e
absurdo, de
grupos
corporativos que
obedecem a
instintos
"animais", sem
qualquer
humanização ou
discernimento,
apenas
obedecendo a
indicações
"econômico-financeiras".
Como a
Associação
Médico-Espírita
tem contribuído
nesse processo
de ligação da
ciência com a fé
e também no
atenuar das
aflições
humanas?
A AME e todas as
associações
médicas ligadas
à
Espiritualidade/Religiosidade
ainda
engatinham.
Convidamos por
diversas vezes
autoridades
dessas
instituições
para trabalhar
conosco.
Percebemos que
se preocupam com
a ciência, não
com o ser Humano
que se beneficia
ou não dessa
ciência. Agora,
depois de quatro
anos, estamos
sendo procurados
por um ou outro,
com a finalidade
de publicar
trabalhos
científicos e
não de mudar
essa medicina
para uma
medicina que
atenda o Homem
Integral de
Joanna de
Ângelis, de uma
medicina que
atenda a mulher
hemorrágica, o
cego, o
paralítico e
assim por
diante, juntando
o Evangelho ao
tratamento do
corpo, da mente
e da alma.
Num público tão
imenso atendido
semanalmente,
como é
organizado esse
atendimento?
Atendemos ao
redor de 5.000
pessoas por mês,
em três dias de
atendimento
semanal. Aos
sábados temos ao
redor de 600
atendimentos,
todos com ficha
médica, com
identificação,
doenças etc.
Criamos um fluxo
que tem
proporcionado um
atendimento até
que rápido,
sempre exaltando
a transformação
moral e ética, a
água
fluidificada, o
passe
eletromagnético,
o Evangelho no
Lar, o
atendimento
fraterno etc.
Quem chega à
nossa casa sabe
e sente que
estamos nos
esforçando para
sempre dar o
nosso melhor e
que nos
esforçamos, a
cada semana,
para melhorarmos
um bocadinho
mais. Sempre dá
para fazer mais
e melhor.
Relate algo
sobre o trabalho
promocional
humano realizado
pela numerosa
equipe de
voluntários.
Quais são esses
trabalhos?
Nosso trabalho
assistencial vem
crescendo a cada
dia. Hoje
fazemos
trabalhos com
moradores de
rua, todas as
noites, em cinco
municípios,
entregando 1.000
lanches
semanais. Temos
um albergue para
6 moradores de
rua, em nossa
sede antiga,
onde 7 dias por
semana fazemos o
Evangelho às
19h. Entregamos
na rua, em 2013,
6.400 cobertores
e toneladas de
roupas. Temos
parceria com 7
asilos (250
idosos) que
comem e vestem
fraldas
(produzidas por
nós) à custa da
Obreiros; temos
parceria com uma
casa transitória
com 19 crianças;
e, no município
de Embu-Guaçu
temos um projeto
de ascensão
social de uma
comunidade
rural, onde em
2013 montamos
uma oficina
profissionalizante
de costura,
juntamente com a
plantação de
50.000 pés de
hortaliças para
os moradores
venderem e
começarem as
suas economias.
Entregamos 260
cestas
básicas/mês, de
casa em casa,
para famílias
previamente
cadastradas,
juntamente com o
Evangelho e com
tudo que
precisam. Em
2013 entregamos
mais de 60
fogões, 60
geladeiras, 100
mesas e de 500
cadeiras. Mais
de 100 colchões
e camas. Enfim,
um trabalho
sem-fim, mas que
mantém nossa
casa viva! É o
que nos move,
nos deixa feliz
e constitui
nossa vacina
diária contra o
egoísmo, a
vaidade e o
orgulho! O lema
da casa é:
Caridade é
Verbo!
Algo marcante
que gostaria de
acrescentar?
Gostaria de
ressaltar que
estamos tendo
uma oportunidade
maravilhosa de
trabalho. Que
não somos nós os
donos da Obra, e
sim o Mestre.
Que temos que
trabalhar com
responsabilidade,
com disciplina,
com estudo
(temos ao redor
de 500 alunos
matriculados em
4 dias de
curso), com
perseverança,
com compaixão e
misericórdia,
mas que não
podemos nunca
deixar de lado o
amor e a alegria
de servir.
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