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Ano 8 - N° 369 - 29 de Junho de 2014

 
 

 
 

Copa do Mundo no Brasil:
uma festa inesquecível


É claro que poderia ter havido mais respeito e seriedade no trato da coisa pública e que os custos – financeiros, sociais e humanos – fossem compatíveis com o que, de fato, ocorreu em outros países nas últimas Copas realizadas. Mas, apesar de tudo, não é possível ignorar a importância e o sucesso de um evento como a Copa do Mundo de futebol que ora se realiza em nosso país.

A alegria contagiante das multidões que vêm enchendo os estádios; o congraçamento entre pessoas de diferentes nações que jamais se viram; a recepção calorosa com que europeus, norte-americanos, africanos, asiáticos, australianos, mexicanos, costa-riquenhos, equatorianos, hondurenhos, chilenos, uruguaios, colombianos e até argentinos foram recebidos; a diversidade das cores e das bandeiras; as festas das torcidas e, sobretudo, a ausência de violência, algo tão frequente nos campeonatos brasileiros – tudo isso faz com que se torne inesquecível na memória de todos a Copa do Mundo de 2014.

Divaldo Franco, em oportuno artigo publicado no jornal A Tarde, edição de 19 de junho de 2014, escreveu: 

“Vive a nacionalidade brasileira um momento de extraordinária significação: ser conhecido praticamente em todo o mundo, naquilo que tem de melhor, excluindo os tradicionais comentários sobre a ‘alegria e festas, as mulatas, o samba e o football’.

A Copa proporcionou a mais de um bilhão e quinhentos milhões de pessoas que não conhecem o Brasil ou recebem notícias, distorcidas umas, lamentáveis outras, de corrupção, de crime, de desrespeito aos direitos democráticos, fenômeno, aliás, que acontece em todos os países, em uns mais do que noutros, a ocasião de apresentarmos desde a sua abertura o que temos de melhor, considerando-se sermos a sétima economia do mundo.

Há problemas governamentais, escassez de escolas e de hospitais, desemprego e violência, sem dúvida, mas também existem milhões de cidadãos honrados, de jovens dignos que disputam nas universidades e institutos de tecnologia um lugar ao Sol, de idosos veneráveis e de crianças geniais, de estudiosos dos problemas humanos e de lutadores que anelam por uma sociedade feliz.” 

Tem inteira razão o ilustre e estimado confrade.

O esporte, representado neste momento pelo futebol, cumpre mais uma vez o importante papel de congraçamento, de conciliação, de fraternidade, valores reconhecidamente importantes, especialmente agora em que nosso planeta enfrenta crises políticas, econômicas e sociais em quase todos os lugares.

A Copa do Mundo a que assistimos provou-nos também que é possível torcer sem brigar, que é possível brincar sem ofender, que é possível assistir a um jogo de futebol sem violência, com mulheres e crianças presentes nos estádios.

O mundo pôde também conhecer o espírito cordial do povo brasileiro, que sabe receber as pessoas e que é, de seu natural, um povo alegre, pacífico e ordeiro, embora, como sabemos, insatisfeito com os desmandos, a falta de seriedade e a corrupção que infestam a administração e a cena política do nosso ainda jovem país.  


 
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita