— Mamãe,
o que é
DEDICAÇÃO?
—
perguntou
o menino
a sua
mãe.
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A mãe,
que
naquele
momento
batia a
massa de
um bolo
para a
família,
depois
de
pensar
um
pouco,
respondeu:
— Jorge,
neste
momento
eu me
“dedico”
a bater
o bolo
que
vamos
comer na
hora do
lanche.
Entendeu?
—
Entendi,
mamãe. E
eu me
“dedico”
a fazer
a tarefa
da
escola.
Mas é só
isso? A
professora
mandou
fazer um
trabalho
sobre o tema
|
DEDICAÇÃO. |
|
— Então,
você vai
ter que
pesquisar.
Você e
eu, no
momento,
estamos
nos
dedicando
a
tarefas
pequenas.
Porém,
dedicação
pode
representar
o
trabalho
de toda
uma
vida:
como a
missão
dos pais
em
relação
aos
filhos,
por
exemplo.
Jorge
balançou
a
cabeça,
mostrando
que
tinha
entendido.
— Como o
médico
com seus
pacientes,
o
professor
com seus
alunos
etc.
E Jorge
pôs-se a
procurar
em
dicionários,
enciclopédias,
livros e
revistas.
Quanto
mais
procurava,
mais
encontrava.
E
começou
a
perceber
como é
amplo o
estudo
sobre a
dedicação.
Iniciando
pelas
pessoas
mais
próximas,
Jorge
descobriu
que seu
avô
paterno
dedicou-se
ao
Exército
a vida
inteira,
que sua
avó se
dedicara
a dar
aulas;
já seu
pai,
além da
família,
dedicava-se
ao banco
para o
qual
trabalhava.
E assim
por
diante.
No
entanto,
Jorge
descobriu
mais:
que
existem
pessoas
que se
dedicam
às
outras
sem que
tenham a
obrigação
de agir
dessa
forma,
sem que
seja uma
profissão
e
recebam
um
salário
pelo
serviço.
A
dedicação,
nesses
casos, é
espontânea,
representa
uma
contribuição
à
comunidade.
E Jorge,
empolgado,
saiu
pesquisando.
Conversou
com
muitas
pessoas,
ficou
sabendo
de
exemplos
excelentes,
porém um
deles o
tocou
fundo no
coração:
Havia
uma
senhora
chamada
Vera em
bairro
bem
pobre da
cidade
que, ao
saber de
crianças
que
ficavam
sozinhas
enquanto
as mães
trabalhavam,
pois
elas não
tinham
com quem
deixar
os
filhos,
Vera
ficou
preocupada
e
resolveu
ajudar.
Procurou
as mães
e se
dispôs a
cuidar
das
crianças,
levando-as
para sua
casa e
cuidando
delas
enquanto
as mães
trabalhavam.
Assim,
descobriu
que,
antes,
além de
ficarem
sozinhas,
essas
crianças
também
não
tinham o
que
comer e
passavam
fome.
O que
fazer?
Como
também
fosse
sem
recursos,
Vera
resolveu
pedir
alimentos
para
quem
pudesse
ajudar;
também
ia às
feiras
livres e
recolhia
o que
sobrava,
levando
para
|
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casa, cheia de alegria por ter o que cozinhar. Assim, fazia a comida e servia às crianças.
|
Como as
famílias
necessitadas
só
aumentavam,
em
virtude
do
volume
de
serviço,
Vera
resolveu
conversar
com as
mães,
que,
para
facilitar-lhe
o
trabalho,
passaram
a levar
as
crianças
à sua
casa,
diminuindo-lhe
o
serviço.
Desse
modo, as
maiores
ajudavam
a cuidar
das
menores
e dos
bebês.
Ao saber
do
trabalho
voluntário
que Vera
estava
fazendo,
outras
pessoas
resolveram
ajudar
com
alimentos,
fraldas,
roupas,
brinquedos,
além de
colchões,
lençóis
e
cobertores.
Dessa
forma,
melhoraram
as
condições
de
atendimento
e
alimentação
das
crianças
que, à
vista
disso,
passaram
a ter
saúde
melhor.
O mais
importante
do
trabalho
dessa
senhora
é que as
crianças
também
melhoraram
de
comportamento,
tornando-se
mais
risonhas
e
felizes,
pois
elas
recebiam
o dia
inteiro
cuidados,
atenção,
carinho,
em suma,
amor.
Jorge
fez seu
trabalho
de
escola e
entregou-o
à
professora,
que
ficou
comovida
ao
lê-lo.
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Depois,
pediu
que
Jorge
lesse
seu
trabalho
para
toda a
classe,
e os
colegas
aplaudiram
entusiasmados.
Interessados,
os
colegas
quiseram
visitar
a Casa
da
Ajuda,
como era
chamada.
E
prontificaram-se
a
auxiliar
as
crianças
que
tinham
problemas
de
aprendizado
na
escola.
Após
análise
de todos
os
trabalhos
feitos
pelos
alunos,
a Casa
da Ajuda
ganhou
em primeiro
lugar, com o
|
título “Dedicação: objetivo de uma vida”.
|
E Jorge,
que
fizera a
tarefa
escolar,
impressionado
com a
dedicação
daquela
mulher,
resolveu
que ele
também,
na vida,
faria um
trabalho
que
representasse
a
dedicação
de uma
existência
inteira.
MEIMEI
(Recebida
por
Célia X.
de
Camargo,
em
17/02/2014.)
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