Quem não
é contra
nós...
Quem
conhece
as
Escrituras
certamente
se
recorda
de um
expressivo
ensinamento
saído da
fala de
Jesus e
registrado
pelos
evangelistas
Lucas e
Marcos.
Ei-lo:
E,
respondendo
João,
disse:
Mestre,
vimos um
que em
teu nome
expulsava
os
demônios,
e lho
proibimos,
porque
não te
segue
conosco.
E Jesus
lhe
disse:
Não o
proibais,
porque
quem não
é contra
nós é
por nós.
(Lucas
9:49,50.)
E João
lhe
respondeu,
dizendo:
Mestre,
vimos um
que em
teu nome
expulsava
demônios,
o qual
não nos
segue; e
nós lho
proibimos,
porque
não nos
segue.
Jesus,
porém,
disse:
Não lho
proibais;
porque
ninguém
há que
faça
milagre
em meu
nome e
possa
logo
falar
mal de
mim.
Porque
quem não
é contra
nós é
por nós.
(Marcos
9:38-40.)
No cap.
XIII do
livro
Uma
estrela
em forma
de flor,
Arthur
Bernardes
de
Oliveira,
reportando-se
às
perseguições
sofridas
pelos
espíritas
do Porto
de Santo
Antônio
(hoje
Astolfo
Dutra),
localidade
situada
na Zona
da Mata
de Minas
Gerais,
disse o
seguinte:
“Por
isso
deixo de
dizer as
inúmeras
vezes em
que
procissões
incalculáveis
paravam
diante
de nossa
casa,
para
cantar
hinos e
emitir
provocações,
na mais
infame
de todas
as
humilhações.
Eu era
pequeno,
mas não
me
esqueço
de uma
em que,
levados
por
minha
mãe,
fomos
para a
varanda,
a fim de
receber
na face
os
apodos e
os
achincalhes.
Minha
mãe,
tranquila
como o
céu,
serena
como um
lago,
pura
como um
lírio, a
olhar
aquela
multidão
enfurecida,
e olhos
para o
Alto,
pedindo
a Deus
perdão
para
aqueles
infelizes.
Nem
direi
que por
causa de
campanha
clerical
ficaram
os
espíritas
sem
patrões
para
quem
trabalhar,
e
alimentos
de quem
comprar,
ou para
quem
vender.
Fechou-se
o ciclo
do
bloqueio
econômico.
A
miséria
se
agravava,
mas a fé
se
robustecia.
E como
‘nada é
impossível
àquele
que
crê’,
vencemos
aquela
parada.
Sabem
Deus e
os
antigos
moradores
de
Astolfo
Dutra
com que
lágrimas
e com
que
dores.
Certa
vez, um
italiano
de lá,
Sr.
Próspero,
anunciou
que
invadiria
com o
seu
caminhão
o nosso
centro
na hora
de
reuniões.
A cidade
se
alarmou.
Todos
iam ver
o
‘divino
massacre’.
Sr.
Próspero
conquistaria
o céu
com a
beleza
daquele
gesto
vandálico.
A data
foi
marcada.
E aos
que o
aconselhavam
para não
ir ao
centro,
devido à
sua
paralisia,
o velho
Abel
Gomes
deu esta
admirável
lição de
fé e de
coragem:
– Hoje
ninguém
me
segura.
Poderia
faltar a
todas as
reuniões.
Mas a
esta de
hoje,
jamais
eu me
permitiria
isso.
Tenho
que ir e
quero
ficar na
porta.
As rodas
do
caminhão
hão de
apanhar-me
primeiro.
Depois
morrerão
vocês.
Mas o
primeiro
hei de
ser eu.
Dessa
atitude,
ninguém
conseguiu
demovê-lo.
E às
sete
horas em
ponto,
com o
caminhão
descendo
e
subindo
as ruas
da
cidade,
para
aumentar
ainda
mais o
interesse
pelo
espetáculo,
lá
estava
no meio
da porta
aquele
vulto
extraordinário
com os
cabelos
branquinhos,
pronto a
morrer
pela
Causa.
Devemos
a essa
decisão
do velho
Abel
Gomes
todas as
vitórias
que
vieram
depois.
Não se
tivesse
comportado
dessa
maneira
e talvez
estivesse
morta
para
sempre,
em
Astolfo
Dutra, a
semente
esplendorosa
do
Espiritismo.”
(Uma
estrela
em forma
de flor,
cap.
XIII,
obra
publicada
em 28 de
julho de
2014
pela
EVOC –
Editora
Virtual
O
Consolador.)
Muitos
anos se
passaram
e
chegamos
ao
século
21, mas
a
perseguição,
a
violência,
o ódio
continuam.
No dia
28 de
julho
deste
ano,
conforme
divulgado
amplamente
pela
imprensa
local e
nacional,
a sede
da
Associação
Espírita
A
Caminho
da Luz,
com sede
no
Jardim
Vila
Rica, em
Rondonópolis
(MT), a
218 km
da
capital
Cuiabá,
foi
arrombada
e
incendiada.(1)
Segundo
a
presidente
da
instituição,
Elcha
Brito,
os criminosos
destruíram
tudo:
paredes,
fiação
elétrica,
cadeiras,
móveis,
quadro-negro
e o
material
pedagógico
que era
usado em
atividades
de
evangelização
para
crianças
e jovens
dos
bairros
vizinhos.
A
Associação
Espírita
realizava
ainda
tratamentos
espirituais
e fazia
a
distribuição
de sopa.
Antes do
ato de
vandalismo,
a
instituição
havia
sido
“visitada”
em três
outras
ocasiões,
mas a
polícia
de Mato
Grosso
não
conseguiu
localizar
os
responsáveis.
“Não dá
para
saber se
foi uma
espécie
de
retaliação
ou crime
de ódio
religioso”,
ressaltou
a
presidente
da
instituição.
Mas a
intolerância
religiosa
neste
País tem
crescido
tanto,
que
somente
os
ingênuos
hão de
descartar
a
possibilidade
de que
por trás
do ato
de
vandalismo
estejam
pessoas
que, ao
dizer-se
adeptas
do
Cristianismo,
ignoram
solenemente
que
Jesus
afirmou
que
“quem
não é
contra
nós é
por
nós”.
(1)http://g1.globo.com/mato-grosso
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