s

WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 10 - N° 503 - 12 de Fevereiro de 2017

 
 

 

Alegria de fazer o bem
 

Andando pela rua, Leo, um garoto de nove anos, viu um senhor que parecia muito doente. Ele estava na varanda de uma casa tomando sol; muito magro, encolhia-se sob a manta que o aquecia do frio e do vento. O menino sentiu piedade ao ver-lhe os olhos tristes e, ao passar, abanou a mão cumprimentando-o:

— Bom dia, vovô! Como vai o senhor? 

O velhinho pareceu surpreso com o cumprimento do garoto e arregalou os olhos, interessado:

— Bom dia, garoto! Como se chama? Sou Nilo! Venha conversar comigo! Estou tão sozinho!...

Leo lembrou-se de que precisava comprar algumas coisas para a mãe, porém achou que ainda era cedo. Então, parou e abriu o portão da casa do velhinho e entrou:
 

— Meu nome é Leo, vovô. O senhor está bem?

O ancião respirou fundo e murmurou:

— Estou muito doente, garoto. Logo não estarei
mais aqui. Acumulei tantas coisas, tantos bens!... De que me servem agora?

— É verdade. O senhor sabe que a gente não leva nada desta vida? Não adianta ter muitos bens, pois

teremos de deixá-los! 

— Não havia pensado nisso, Leo. É verdade, terei de deixar tudo aqui na Terra. Mas gostaria de dar um bom uso para tudo o que tenho — disse o ancião, surpreso, olhando para o garoto.

— Então, por que não dá aos pobres? Eles certamente usarão bem tudo o que receberem.

Ouvindo o menino falar, Nilo ficou pensativo, depois achou que seria bom mesmo não ter o que deixar aos seus filhos que nunca quiseram trabalhar, sempre de olho na sua herança. 

— Você tem razão, Leo. Vou pensar nisso. Afinal, meus dois filhos sempre viveram de olho na riqueza que construí na vida, e nunca quiseram fazer nada, achando que ficarão ricos quando eu morrer. Mas o que faço?

— Vovô Nilo, conheço muita gente bem pobrezinha que ficaria feliz com qualquer coisa que o senhor lhes desse — disse o garoto, após pensar um pouco.

Mais animado, Nilo concordou com ele, pedindo-lhe que o levasse até essas pessoas que nada tinham para viver. Prontamente, Leo pegou a cadeira de rodas do velhinho e levou-o para a calçada, conversando animado:

— Sabe, vovô? As pessoas vão pensar que o senhor é o Papai Noel disfarçado!

O velhinho deu risada, contente por estar saindo de casa depois de muitos meses. Queria passear um pouco, ver gente, porém sua filha sempre achava que não lhe faria bem sair à rua. Agora, ele sentia-se feliz de estar andando na calçada junto com aquele garoto tão simpático. 

Como estava feliz de poder passear, Nilo quis parar numa pracinha cheia de árvores. Ficaram vendo as flores e ouvindo os passarinhos, até que Nilo achou melhor prosseguirem. Chegaram ao bairro pobre e ele viu muitas crianças brincando na rua. Lembrou-se do seu neto, que a filha nunca permitia saísse para brincar. 

Pessoas sorridentes o cumprimentaram, algumas pararam para falar com ele e muitas, apressadas, acenaram com a mão a caminho do serviço. Nilo sentiu-se contente ali no meio daquelas pessoas.

— E agora, o que faremos? — indagou a Leo. 

— O senhor é que sabe, vovô Nilo.
 

Então, Nilo pediu que ele chamasse as crianças, que vieram correndo, suadas de jogar bola. E o ancião disse:

— Gostaria de saber o que vocês precisam. Leo vai anotar na minha caderneta.

Então, as crianças foram falando das suas necessidades: um precisava de tênis, outro de livros para a escola, outros de roupas; três

precisavam de remédios para os pais doentes, e assim cada um foi falando daquilo que não tinham e que lhes fazia falta.

Após anotar tudo, Leo entregou ao velhinho a lista e ele deu um pouco do dinheiro que trazia nos bolsos para as crianças, que o abraçaram felizes agradecendo por sua bondade. 

Nilo estava muito feliz, jamais se sentira tão bem! O carinho das pessoas lhe fizera muito bem, e aquele gesto de amor o envolveu, levando-o às lágrimas. 

Depois ele e Leo se despediram das crianças, retornando para casa. Ao chegar, Leo o deixou na varanda e disse:

— Obrigado, vovô! Foi uma linda manhã! Viu como eles ficaram felizes?

— Vi sim. E você, Leo, o que deseja? De que precisa para ser feliz?

— Eu não preciso de nada, vovô Nilo. Eu sou feliz!...

— Como assim, não precisa de nada?!...

— Isso mesmo, vovô. Eu não preciso de nada! Só preciso ver os outros felizes! Estou tão contente por ter ajudado aquelas crianças que de nada preciso. Obrigado! Sempre desejei ajudá-las, mas não tinha nada para dar! Quando quiser passear, me ligue. Aqui está meu telefone, disse entregando-lhe um papelzinho. Estarei sempre a sua disposição, vovô. 

— Não entendo, Leo!... Você deve precisar de alguma coisa! — disse o velhinho, inconformado.

— Não, vovô. Tenho de tudo! Preciso de pouco para viver: tenho roupas, calçados, livros, brinquedos e amizades! Agora, tenho a sua amizade, que é muito importante para mim! Obrigado, vovô Nilo. Se precisar de mim, me ligue. 

E ambos se abraçaram, emocionados, e Leo despediu-se dele dizendo: — Que Jesus o abençoe sempre, vovô Nilo!...

MEIMEI

(Recebida por Célia X. de Camargo, em 21/11/2016.) 


                                                   

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita