1. No episódio da transfiguração, ocorrida no monte Tabor, apareceram Moisés e Elias, que conversaram com Jesus. Qual foi o assunto dessa conversa?
2. João, um dos discípulos de Jesus, contou-lhe ter visto um homem que expulsava os demônios em seu nome, acrescentando tê-lo proibido, porque ele não era um deles. Que recomendação lhe fez Jesus?
3. Além dos doze discípulos que o seguiam, quantos o Senhor designou para irem adiante dele, de dois em dois, anunciando a chegada do reino de Deus e curando os enfermos que encontrassem em seu caminho?
4. A quem e em que circunstâncias Jesus narrou a parábola do bom samaritano?
5. Como Lucas descreve a oração ensinada por Jesus a seus discípulos? Há diferenças entre a oração narrada por ele e a registrada por Mateus?
Texto para leitura
22. A cura da mulher hemorrágica - Jairo, que era príncipe da sinagoga, prostrou-se aos pés de Jesus, rogando-lhe que fosse salvar uma filha de doze anos, que estava à morte. Envolvido por grande multidão, Jesus dirigiu-se à casa de Jairo, quando no trajeto uma mulher, que tinha um fluxo de sangue havia doze anos, chegando por detrás dele, tocou na orla do seu vestido e imediatamente estancou a hemorragia. Jesus indagou: “Quem é que me tocou?” Pedro e seus companheiros lhe disseram: “Mestre, a multidão te aperta e te oprime, e dizes: Quem é que me tocou?” Jesus então esclareceu que alguém o havia tocado porque sentiu que saiu dele uma virtude. Nesse momento, vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se e relatou como ficara curada ao tocá-lo. O Mestre então lhe disse: “Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz”. (Lucas, 8:40 a 8:48.)
23. O povo pensava que Elias ou um dos profetas havia ressuscitado - Após a cura da filha de Jairo, Jesus convocou os doze discípulos e deu-lhes virtude e poder para afastar os demônios e curar as enfermidades. E enviou-os a pregar o reino de Deus e a curar os enfermos, dizendo-lhes: “Nada leveis convosco para o caminho, nem bordões, nem alforje, nem pão, nem dinheiro, nem tenhais dois vestidos. E em qualquer casa em que entrardes, ficai ali, e de lá saireis. E se em qualquer cidade vos não receberem, saindo vós dali, sacudi o pó dos vossos pés, em testemunho contra eles”. Os discípulos assim procederam, percorrendo todas as aldeias, anunciando o evangelho e fazendo curas por toda a parte. Ao ouvir tudo o que se passava, Herodes, o tetrarca, ficou em dúvida, porque diziam uns que João ressuscitara dentre os mortos, outros que Elias tinha aparecido, e outros que um profeta dos antigos havia ressuscitado. Herodes dizia então: “A João mandei eu degolar; quem é pois este de quem ouço dizer tais cousas?” E ardia por vê-lo. No regresso de sua tarefa, os apóstolos contaram ao Mestre tudo o que tinham feito, e ele, tomando-os consigo, retirou-se para um lugar deserto de uma cidade chamada Betsaida. A multidão logo ficou sabendo e seguiu-os. Jesus os recebeu e falou-lhes do reino de Deus, curando os que necessitavam ser curados. (Lucas, 9:1 a 9:11.)
24. Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á - Quando a multidão, após haver sido alimentada, afastou-se, estando Jesus só com os seus discípulos, indagou-lhes o Mestre: “Quem diz a multidão que eu sou?” Eles responderam: “João Batista; outros, Elias, e outros que um dos antigos profetas ressuscitou”. Ele então perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Adiantando-se aos demais, Pedro disse: “O Cristo de Deus”. Jesus pediu-lhes que a ninguém referissem isso, explicando ser necessário que o Filho do homem padecesse muitas coisas, sendo rejeitado pelos escribas e pelos anciãos e levado à morte, após o que, ao terceiro dia, ressuscitaria. Dito isso, o Mestre advertiu: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará. Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo? Porque, qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória, e na do Pai e dos santos anjos”. (Lucas, 9:18 a 9:26.)
25. Moisés e Elias aparecem no monte Tabor e são vistos nitidamente - Moisés e Elias apareceram junto a Jesus no monte Tabor. Pedro, João e Tiago, ali presentes, estavam carregados de sono, mas, quando despertaram, viram nitidamente ambos os varões. Quando eles saíram, Pedro disse ao Cristo: “Mestre, bom é que nós estejamos aqui, e façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés, e uma para Elias”. Nesse momento, veio uma nuvem que os cobriu. Os discípulos temeram, e saiu da nuvem uma voz que lhes disse: “Este é o meu amado filho; a ele ouvi”. Quando a voz se fez, Jesus estava só, e eles calaram-se e não contaram a ninguém, por aqueles dias, o que tinham visto. No dia seguinte, ao descerem do monte, saiu-lhes ao encontro uma grande multidão. Foi então que um homem do povo pediu a Jesus que olhasse para o seu filho, explicando: “Eis que um espírito o toma e de repente clama, e o despedaça até escumar; e só o larga depois de o ter quebrantado”. O aflito pai informou ainda que havia rogado aos discípulos que expulsassem aquele espírito, mas eles não puderam. Jesus, respondendo-lhe, disse: “Ó geração incrédula e perversa! até quando estarei ainda convosco e vos sofrerei?” “Traze-me cá o teu filho.” Quando o menino vinha chegando, o demônio o derribou e convulsionou, mas Jesus repreendeu o espírito imundo e curou o menino, entregando-o a seu pai. (Lucas, 9:30 a 9:42.)
Respostas às questões propostas
1. No episódio da transfiguração, ocorrida no monte Tabor, apareceram Moisés e Elias, que conversaram com Jesus. Qual foi o assunto dessa conversa?
Moisés e Elias apareceram-lhe e falaram sobre sua morte, que havia de cumprir-se em Jerusalém. Pedro e os que estavam com ele dormiam e, quando despertaram, viram os dois visitantes. (Lucas, 9:28 a 9:32.)
2. João, um dos discípulos de Jesus, contou-lhe ter visto um homem que expulsava os demônios em seu nome, acrescentando tê-lo proibido, porque ele não era um deles. Que recomendação lhe fez Jesus?
Jesus lhe disse: Não o proibais, porque quem não é contra nós é por nós. (Lucas, 9:49 e 9:50.)
3. Além dos doze discípulos que o seguiam, quantos o Senhor designou para irem adiante dele, de dois em dois, anunciando a chegada do reino de Deus e curando os enfermos que encontrassem em seu caminho?
O Senhor designou setenta discípulos e mandou-os ir, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir. E nessa oportunidade ele lhes disse: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara. Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforje, nem alparcas; e a ninguém saudeis pelo caminho. E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa. E, se ali houver algum filho de paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, voltará para vós. E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário. E, em qualquer cidade em que entrardes, e vos receberem, comei do que vos for oferecido. E curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: É chegado a vós o reino de Deus. (Lucas, 10:1 a 10:9.)
4. A quem e em que circunstâncias Jesus narrou a parábola do bom samaritano?
Essa conhecida parábola foi narrada a um doutor da lei que, tentando-o, lhe perguntara: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Jesus lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês? Respondendo, ele disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. Jesus afirmou: Respondeste bem; faze isso, e viverás. Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, perguntou: E quem é o meu próximo? Foi então que o Mestre narrou-lhe a parábola. (Lucas, 10:25 a 10:37.)
5. Como Lucas descreve a oração ensinada por Jesus a seus discípulos? Há diferenças entre a oração narrada por ele e a registrada por Mateus?
Sim; há diferenças entre elas. A oração, de acordo com Lucas, deve ser dita assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu. Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano; e perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve, e não nos conduzas em tentação, mas livra-nos do mal. Segundo Mateus, a oração deve ser feita assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje; perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, o poder e a glória, para sempre. Amém. (Lucas, 11:1 a 11:4. Ver Mateus, 6:9 a 6:13.)