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Ano 6 - N° 265 - 17 de Junho de 2012

 


Agressão e calúnia denotam enfermo em estado grave


Conta-se que um confrade espírita, quando visitava as dependências de importante hospital psiquiátrico, foi de repente surpreendido por um dos internos que, sem motivo algum, o feriu com um soco. O diretor do estabelecimento assistiu à agressão e confirmou que o confrade não reagiu.

Fora do hospital, alguém perguntou ao amigo por que não reagira à agressão. Sua resposta foi sintomática: “Ora, fui agredido por uma pessoa doente, e não há razão para se revidar à agressão de uma pessoa enferma”.

Realmente, o confrade agiu corretamente e mais correta ainda foi sua resposta, porque só pessoas enfermas é que caluniam, agridem, ofendem outra pessoa sem motivo. Algumas delas não se encontram internadas, mas vivem bem ao nosso lado e, às vezes, respiram o mesmo ar que respiramos.

Não revidar, não responder, não retribuir ofensa com ofensa, eis a atitude ensinada pelo Evangelho e pelos instrutores espirituais, como Emmanuel, que dedicou ao tema uma lição que vem bem a propósito.

Retiramo-la do cap. 39 do livro O Espírito da Verdade, conhecida obra de autoria de Espíritos diversos por intermédio dos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier.

A mensagem de Emmanuel diz o seguinte:

“Desequilíbrio que anotes é apelo da vida a que lhe prestes cooperação.

Quando as águas, em monte, investem furiosas sobre a faixa de solo que te serve de habitação, levantas o dique, capaz de governar-lhe os impulsos.

Diante do fogo que te ameaça, recorres, de pronto, aos extintores de incêndio.

Toda vez que o curto-circuito reponta na rede elétrica, desligas a tomada de força para que a energia descontrolada não opere a destruição.

Assim também, quando a prova te visite, não transfigures a língua em chicote dos semelhantes.

Se agressões verbais te espancam os ouvidos, ergue a muralha do dever fielmente executado, em que te defendas contra o assalto da injúria.

Se a calúnia te alanceia, guarda-te em paz, no refúgio de prece.

Se a dignidade ofendida, dentro de ti, surge transformada em aceso estopim para a deflagração de revolta, deixa que o silêncio te emudeça, até que a nuvem da crise te abandone a visão.

Sobretudo à frente de qualquer companheiro encolerizado, não lhe agraves a distonia.

Ninguém cura um louco, zurzindo-lhe o crânio.

Se alguém te lança em rosto o golpe da intemperança de espírito ou se te arroja a pedrada do insulto, desculpa irrestritamente, e se volta a ferir-te, é indispensável te reconheças na presença de um enfermo em estado grave, a pedir-te o amparo do entendimento e o socorro da compaixão.” (O grifo é nosso.) 

Este texto é dedicado ao estimado confrade Divaldo Franco, que vem sendo novamente vítima de agressões e de calúnia por parte de pessoas que se dizem espíritas e, no entanto, são incapazes de respeitar um senhor que completou no mês passado 85 anos de idade, dos quais 65 dedicados à causa do Espiritismo e às crianças e famílias carentes da periferia de Salvador-BA.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita